ela passou o dia de vermelho. só conseguia lembrar de suas palavras "lembre-se de mim como uma rosa", e sua ultima rosa tinha sido vermelha. não tirou suas roupas vermelhas na hora de ir na missa das seis e nem na hora do banho. não prestou atenção no que dona maria disse, ou no que o padre pregou. em sua cabeça só tinha espaço para ele e suas rosas. no dia seguinte quando saiu pra comprar pão com suas roupas vermelhas já fedorentas, achou que era um sinal ver que a roseira da dona celeste tinha finalmente um botão. não se importou quando as pessoas começaram a comentar ou quando o médico deu o atestado de loucura. para ela, cada rosa do mundo era um recado dele para que ela jamais se esquecesse. e isso sim importava. viveu ainda alguns anos com suas roupas vermelhas, feliz com sua lembrança e achando o mundo louco por não entender. e na carta de sua morte só pediu um novo vestido vermelho.
22 fevereiro 2008
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2 comentários:
adoro seu contador incrementado por "que loucura".
ô, flor, que linda vc e suas coisas aqui nessa sala aconchegante. só não entendi uma coisa, pq a parede é verde e não roxa? Clarice mudou de cor e não avisou?
A partir de agora vou postar mais nesse blog pq as pessoas podem o comentar e o flickr é bobo e deu pra deletar fotos.
love you babe.
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